FESTA
DE CRISTO REI ENCERRA ANO LITÚRGICO
Neste
domingo a Igreja encerra o Ano Litúrgico com a festa de Cristo, Rei do Universo
e Senhor da vida. O ano litúrgico começa com o primeiro domingo do advento,
quando entramos em atitude de espera alegre do Senhor que vem no Natal, e
termina com a festa de Cristo Rei, no final de novembro. A realeza de Jesus não
é revelada por coroa e trono de ouro, mas na cruz, cercado de pessoas que o
chamavam de Cristo e de Rei em tom de zombaria (Lc 23,35-43). Para entender porque
Jesus se mostra como rei no auge da humilhação, temos que olhar para a sua vida.
Durante toda a sua vida Ele se apresenta como aquele que ama e serve seu povo.
Jesus foi enviado por Deus como servidor, para propagar o seu
Reino neste mundo, reino de justiça, de paz, de bondade, de comum-união, de
vida fraterna para todos. Durante toda a
Sua vida Cristo se apresenta como Bom Pastor, aquele que ama e serve.
Ele é aquele
que andou por toda parte fazendo o bem (At 10,38). Sua autoridade como rei não
está voltada para a exaltação de Si mesmo, mas para o bem daqueles que vão
cruzando por seu caminho. Ele cura as pessoas, perdoa seus pecados, toca-as e
olha-as com ternura e compaixão, alimenta os famintos, acolhe os que o buscam e
anuncia-lhes demoradamente a boa nova do seu Reino. E quando já se aproximava a
Paixão, lava os pés dos seus seguidores numa atitude de serviço e ensina:
"Se eu que sou mestre e Senhor lavei os pés de vocês, façam o mesmo uns
aos outros" (Jo 13,14). Ele mesmo o afirma a Pilatos: "O meu reino não é deste mundo" (Jo 18,36). Dito de outro
modo, os valores em que se pauta a vida daquele que é seguidor de Jesus não são
os valores que prevalecem nos reinos deste mundo. No Reino de Deus preciso
servir e amar; partilhar, ser fraterno e generoso. Diante do Cristo Rei que vem,
seus seguidores serão um dia julgados. O julgamento não levará em conta se
fizermos grandes coisas, mas sim a atitude de serviço, as obras de
miseric6rdia, a compaixão pelos pequeninos do Reino (Mt 25,40). Assim, neste
esforço da Nova Evangelização temos que fazer o Reino de Deus presente na
história à maneira de Jesus: construindo a fraternidade. Afinal, Ele veio para
que todos tenham vida e a tenham em abundância (Jo 10,10).
Mas no final dos tempos será também nosso juiz: “eu estava com
fome e não me destes de comer” (Mt25,31-46).
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